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O futuro do Professor como profissão
No FEM ( Fórum Educação e Mudança) 2020 tive a oportunidade de escutar Daniel Susskind, autor de livros como A World Without Work: Technology, Automation and How We Should Respond ou The Future of the Professions: How Technology Will Transform the Work of Human Experts, sobre como a sociedade deve responder à crescente automação do emprego. Segundo um estudo apresentado “apenas”95% das profissões como as conhecemos irão mudar. . É interessante perceber como o “futuro” já chegou.

Num futuro de incertezas, encontramo-nos agora também num presente de incertezas. Especialmente para nós que trabalhamos em educação, pois trabalhamos para o futuro dos nossos alunos. Esta pequena reflexão não tem a intenção de falar sobre o que ensinar aos nossos alunos, embora este seja um tema muito pertinente e interessante e tentaremos voltar a ele, mas sim sobre a profissão de professor e os desafios com a “automação dos empregos” neste presente (e futuro) tão incerto.

Das várias questões que se levantam ao escutar Daniel Susskind, hoje gostava de partilhar convosco a ideia errada de pensar que as profissões inteiras vão ser substituídas. Este ponto é interessante, pois leva-nos a deixar de pensar na profissão como algo inteiro, mas sim como a composição de várias tarefas. E sim, parte destas tarefas serão substituídas por tecnologia. Mais especificamente todas as tarefas de rotina poderão ser automatizadas e executadas muito melhor do que por nós (humanos). Segundo um estudo, em média cerca de 60 % das tarefas são consideradas rotineiras.
O que significará para a profissão de professor?
Quando olhamos para as várias atividades desenvolvidas pelo professor, parece que as tarefas que mais facilmente (e necessárias diria eu) podem ser automatizadas pela tecnologia seriam: sumários, registos, as planificações(papelada), relatórios, correção de trabalhos (alguns) , elaboração de testes, correcção de testes, atas, cálculo de notas,…
